Dando continuação ao post anterior, falaremos agora sobre as gorduras animais. São elas: manteiga, manteiga ghee, margarina e banha de porco.
Manteiga, manteiga ghee e margarina:
Manteiga: feita
apenas de creme de leite e corante urucum (a sem sal).
Margarina: feita à
base de óleos vegetais, água, sal, leite, estabilizantes, emulsificantes,
conservadores, acidulantes, aromatizantes, corantes, antioxidantes – totalmente
industrializada. Na margarina Qualy
Light, foram encontrados no rótulo mais de 20 ingredientes.
Manteiga ghee: é a manteiga, porém
sem a lactose. Também chamada de manteiga clarificada. Como fazê-la: coloque
a manteiga para esquentar no fogo até formar uma espuma (que é a lactose).
Basta remover essa espuma e você tem a manteiga ghee. Uma boa opção para os intolerantes à lactose.
Manteiga
– R$ 5 a embalagem de 200 g.
Margarina
– R$ 4 a embalagem de 500 g.
Banha de porco:
Na verdade, a banha
tem uma composição perfeitamente balanceada com cerca de 40% de gordura
saturada e 45% de gordura monoinsaturada.
Portanto, não é
gordura saturada pura como muitos acreditam. Esse é outro mito
feito pela indústria dos óleos vegetais para descredenciar essa gordura e
acabar vendendo mais óleos vegetais.
Estudos atuais
mostram que a gordura saturada não é prejudicial à saúde como se acreditava
antigamente, devendo fazer parte (10%) de nossa alimentação.
Como comprar: não
vale a banha vegetal ou gordura hidrogenada encontrada nos supermercados. É NECESSÁRIO LER A
LISTA DE INGREDIENTES. Se o único ingrediente for gordura suína, ok. Se for
gordura vegetal hidrogenada, não compre!
Para
pensar: nossos avós cozinhavam com banha de porco e não tinham nem metade dos
problemas cardiovasculares dos dias atuais!
R$ 8
a embalagem de 1 kg.
Agora vamos a outra polêmica...
Manteiga
ou margarina?
Manteiga! De acordo
com o novo guia alimentar, a manteiga está muito mais para alimento do que a
margarina, que está mais para produto alimentício.
A margarina, por ser
uma gordura hidrogenada, possui ácidos graxos trans reconhecidos hoje como os grandes responsáveis pelas
doenças cardiovasculares. Só que nos anos 2000 retiraram a gordura trans da margarina através
de um processo chamado interesterificação. Esse processo
modifica a ordem dos ácidos graxos na molécula. A composição da gordura
continua a mesma, mas sem gerar ácidos graxos trans em grande quantidade.
Além disso, esse novo
tipo de produto alimentício pode conter resíduos químicos e radicais livres.
Estudos indicam que a gordura interesterificada diminui o HDL e aumenta os
níveis sanguíneos de glicose e insulina.
Então, não temos como
saber se a gordura trans
foi realmente retirada ou se ainda existe em pequena quantidade, pois até 0,2 g
por porção a ANVISA permite que não seja discriminada no rótulo.
Parece pouco, mas....
A
recomendação diária de gordura trans pela OMS é de 2 g/dia, o que pode ser
facilmente ultrapassada se não estiver identificada corretamente no rótulo dos
alimentos.
Como saber se a
gordura trans ainda existe: basta ler o rótulo. Se algum dos ingredientes for
“gordura hidrogenada” pode saber que ela ainda existe, mesmo que seja em
pequenas quantidades.
Qual
a melhor opção para usar em nossa rotina diária?
Para cozinhar: azeite
virgem, óleo de coco, manteiga, banha de porco.
Para fritar
(imersão): azeite virgem, óleo de coco. São óleos mais caros, então o ideal é não fritar os alimentos - use o forno e asse!
Para temperar: azeite
extra-virgem.