Lembre-se que, sozinho, o balão gástrico
não emagrece. Ele é um recurso adicional ao seu tratamento, assim como a
alimentação adequada, a prática de atividade física e em alguns casos, o uso de
medicamentos. Todos eles, em conjunto, irão contribuir para o sucesso do
emagrecimento.
Você é a principal peça desse projeto. Suas
escolhas, seu comportamento, suas atitudes e seus pensamentos estarão o tempo
todo influenciando seu tratamento. A compreensão correta de como agir em cada
fase e como interpretar os resultados ao longo dos 6 meses ou 1 ano são fundamentais,
portanto, compareça às consultas nas datas programadas e só as remarque em caso
de real necessidade.
Emagrecer não é fácil e depende de vários
fatores. Em cada consulta, seus resultados serão avaliados sempre considerando
seu momento de vida e as circunstâncias do período. Cada pessoa e cada época
possuem suas particularidades que não podem ser desprezadas e é nosso papel lhe
ajudar identificando o que pode e precisa ser melhorado.
As duas funções esperadas do balão são
reduzir a fome e proporcionar saciedade com menor quantidade de alimentos. Não
espere dele mais do que ele pode lhe oferecer e nem confie que ele poderá lhe
“salvar” de excessos alimentares. Se você resolver competir com o balão, ainda
que inconscientemente, certamente (e infelizmente) irá vencê-lo. Faça dele um
parceiro, e não um adversário no projeto de emagrecer.
Mesmo após a primeira fase de adaptação com
dietas especiais, em que você já não apresenta mais náuseas ou vômitos mantenha o hábito de comer pouco, sem pressa, em 5 a 6 refeições por dia e
mastigando bem os alimentos. Com o balão, implantar estes hábitos pode ser mais
fácil, natural e duradouro.
Trabalhe com metas realistas. A expectativa
de um emagrecimento superestimado é o primeiro passo para a frustração e conseqüente
desmotivação. Como qualquer outro método de tratamento, o balão possui suas
limitações se não contar com a sua participação.
Elimine as bebidas alcoólicas. Elas contêm
muitas calorias e conseguem enganar a função de saciedade do balão. Além disso,
a presença do balão deixa o estômago mais sensível ao efeito irritante do
álcool aumentando o risco de gastrite e úlceras.
Quando surgir a vontade de comer fora de
horário, busque algo prazeroso e que lhe distraia como caminhar, ler, telefonar
para alguém, assistir um filme, etc. Nestas horas, experimente também beber
água. Muitas vezes nem é fome, mas apenas uma “ânsia
de comer” ou desejo de preencher algum vazio emocional com a comida. A comida
deve ser saboreada com prazer e sem culpa, mas usar o alimento como um mimo, um
agrado para compensar algum desconforto emocional é colocá-lo no lugar
diferente de sua função natural.
Você já sabe o que é alimento saudável e o
que não é. Cuide do seu ambiente e evite estocar “tentações” como doces,
sorvetes, salgadinhos e bolachas em casa ou na gaveta do trabalho. Comprar
guloseimas para agradar os sobrinhos ou para caso chegue uma visita, pode ser
uma forma disfarçada de auto-sabotagem.
O mecanismo de saciedade precoce
proporcionado pelo balão precisa de certo tempo para ser percebido pelo
cérebro. Assim, mastigue bem os alimentos e dê pequenas pausas descansando os
talheres no prato entre as garfadas. Mesmo se sair da mesa com um pouco de
fome, perceberá que ela desaparecerá alguns minutos depois.
Em festas e eventos, evite ir de estômago
vazio, fazendo sempre um lanche leve. Quando chegar lá, seu organismo já estará
com certa saciedade que lhe ajudará a evitar os excessos.
Muitas destas dicas são indicadas mesmo para quem não está com o balão, mas você verá que, com ele e com sua disposição, provavelmente será mais fácil colocá-las em prática.
Muitas destas dicas são indicadas mesmo para quem não está com o balão, mas você verá que, com ele e com sua disposição, provavelmente será mais fácil colocá-las em prática.